terça-feira, 29 de março de 2011


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QUIMIOTERAPIA / TROMBOSE

(leia a versão completa do blog disponível no tópico inicial)

Com o descarte do ultimo tratamento hormonal, pela trombose que o mesmo causou-me, meu urologista encaminhou-me ao oncologista José Renan Queiroz Guimarães, com quem passei a fazer quimioterapia em 09-09-2010 (a primeira via venosa).
Mas.... tinha que acompanhar as tromboses.  (Sofrera uma mais leve na perna esquerda e nem notei antes do exame de Ultra Som que fiz quando constatei a segunda trombose em 31-08-2010).  
Desde este dia fui medicado pelo Dr. José Luiz Orlando, médico Vascular, que receitou-me tomar por 5 (ou 7?) dias, Clexane injetável e concomitantemente 5mg/dia de Coumadin, com o objetivo de ‘afinar’ o sangue e evitar novas tromboses.
O controle nestes casos se faz por exame de sangue para se apurar o índice de INR ou RNI (a mesma coisa), devendo-se manter o RNI próximo a 3.  Mais que 3 há risco de hemorragia. Abaixo de 2, risco de nova trombose.
No dia 16-09-10 fui internado para implantar um cateter pelo qual passei a tomar as quimioterapias.
A orientação do Vascular foi de que 12 horas antes da cirurgia, eu parasse com o Coumadin, que tem efeito cumulativo e injetasse o Clexane, de ação mais rápida e curta. E, 12 horas após a cirurgia, tomasse novamente juntos o Clexane e o Coumadin por mais 5 (ou 7) dias, e a partir daí só o Coumadin na dosagem anterior, de 5 mg.
Ocorre que, agora então conhecedor dos sintomas da trombose, no dia 20-09-2010 voltei ao vascular queixando-me de uma provável nova ocorrência.  Encaminhado a um ultra-som, de lá já saí orientado para internar-me imediatamente, porque sofrera a terceira e mais profunda trombose com risco de morte.
Detalhe:  fiquei no hospital 10 dias tomando heparina (análogo mais impactante do que o Coumadin) e Clexane, até que meu RNI subisse o mais perto possível de 3, para poder ter alta.  Saí do hospital com 2,3 de RNI. Entrei no hospital com RNI apenas em 1,2.
Hoje, faço controle do RNI entre no mínimo 4 dias e no máximo 7 dias, e constato uma enorme variação. Aí, doso ou 5mg, ou 6, ou até 7,5 mg. para manter o RNI acima de 2,5 e abaixo de 3.
Como qualificar o fato de o médico vascular não ter mandado eu fazer, nenhuma vez, exame de sangue para controlar o RNI, antes de eu sofrer a terceira trombose?   
Ora, logo que receitado os medicamentos, ele devia ter pedido exame de sangue para ajustar a dosagem da medicação!
Também controle do RNI tive que aprender na marra, e destaco aqui, porque trombose é uma das seqüelas possíveis do tratamento. 
A Quimioterapia é cumulativa e conforme o numero de sessões aumenta, sua resistência imunológica baixa, ficando passível de contrair ‘n’ doenças, e de forma mais grave que uma pessoa com alta resistência imunológica. (exemplo: derrame pleural).
 Interações medicamentosas, aparentemente inocentes, podem resultar em complicações.  Daí a importância de acompanhar de perto e à risca as orientações do oncologista, bem como realizar exames periódicos de controle.
Enfim, amigo, lema dos escoteiros:  SEMPRE ALERTA!
Ou, como dizia Osmar Santos: Se cochilar o cachimbo cai!

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